Os oceanos são parte essencial do planeta, cobrindo mais de 70% da superfície da Terra e desempenhando um papel vital na manutenção da vida. Eles são responsáveis por regular o clima, produzir oxigênio, fornecer alimentos e até mesmo influenciar a economia global.
No mundo, existem cinco grandes oceanos: Pacífico, Atlântico, Índico, Antártico e Ártico, que se diferenciam por suas dimensões, profundidades e características. Entre esses, o Brasil é banhado pelo Oceano Atlântico, o segundo maior do mundo.
O Oceano Pacífico é o maior dos cinco, cobrindo uma área impressionante de 161,7 milhões de km². Ele é tão vasto que é maior do que todas as terras emersas do planeta juntas. O Pacífico está localizado entre os continentes da Ásia, América e Oceania, e sua importância se reflete tanto na biodiversidade quanto nas rotas comerciais.
No extremo oposto está o Oceano Glacial Ártico, o menor entre os cinco grandes oceanos. Com uma área de apenas 15,5 milhões de km², ele ocupa a região polar ao norte do planeta, sendo também o mais raso. Apesar do tamanho reduzido, o Ártico possui um papel crucial no equilíbrio climático da Terra, principalmente no que diz respeito à regulação das correntes marítimas e à estabilidade das calotas polares.
Já o Oceano Atlântico, que banha o Brasil, é o segundo maior, com 85,1 milhões de km². Ele separa as Américas da África e da Europa e tem importância histórica e econômica significativa, uma vez que suas águas foram palco das grandes navegações e, hoje, representam 95% das rotas de comércio exterior do Brasil.
Por que os oceanos são divididos?
A divisão dos oceanos é uma construção científica e geográfica baseada em características como temperatura, salinidade e correntes oceânicas. Embora essas fronteiras sejam convencionadas, elas não são demarcadas por acidentes geográficos visíveis, como ocorre em terra com montanhas e vales.
Isso ocorre porque as massas de água estão em constante movimento e suas características variam gradualmente entre as diferentes regiões do planeta.
A divisão dos oceanos também é influenciada por fatores culturais e científicos. Desde a antiguidade, navegadores e cientistas identificaram essas grandes massas de água e suas peculiaridades, criando as classificações que usamos até hoje. As diferenças entre mares e oceanos, por exemplo, são importantes para compreender como essas áreas estão organizadas.
Os mares são menores, geralmente cercados por terra, e possuem características de salinidade, temperatura e cor distintas dos oceanos. Um exemplo claro é o Mar Mediterrâneo, cercado pela Europa, África e Ásia, com águas mais quentes e salinas do que o Oceano Atlântico.
Já os oceanos, como o Pacífico e o Atlântico, cercam os continentes e possuem profundidades muito maiores, como a Fossa das Marianas, no Pacífico, que é o ponto mais profundo do mundo, com mais de 11 mil metros de profundidade.
A importância dos oceanos para o planeta
Os oceanos são essenciais para a vida na Terra, desempenhando diversas funções vitais para o equilíbrio ambiental e a sobrevivência humana. Entre suas funções mais importantes está a regulação do clima.
Graças à sua imensa capacidade térmica, os oceanos ajudam a equilibrar as temperaturas, absorvendo o calor solar e distribuindo-o ao redor do planeta. Sem essa função, a vida na Terra seria muito mais difícil, com extremos climáticos muito mais pronunciados.
Além disso, os oceanos são responsáveis por mais da metade do oxigênio que respiramos, produzido por organismos marinhos como o fitoplâncton. Eles também fornecem uma vasta quantidade de alimentos, como peixes e frutos do mar, que são essenciais para a nutrição de milhões de pessoas no mundo.
A biodiversidade presente nos oceanos ainda oferece oportunidades para o desenvolvimento de medicamentos e outros produtos que podem beneficiar a saúde humana.
Do ponto de vista econômico, os oceanos são de extrema importância para o Brasil. Além de fornecerem 45% da atividade pesqueira do país, eles também são responsáveis por parte significativa do Produto Interno Bruto (PIB) através de atividades como a extração de recursos minerais e energéticos e o transporte marítimo, que é essencial para o comércio internacional.
Dessa forma, vale reforçar que os oceanos não apenas moldam o clima e o ambiente global, mas também desempenham um papel central no desenvolvimento econômico e no bem-estar humano.
Suas vastas águas, que cobrem a maior parte do planeta, continuam a ser uma fonte vital de recursos, transporte e equilíbrio ambiental, reforçando sua importância para o futuro da humanidade.
Curiosidades surpreendentes sobre os oceanos
Os oceanos são gigantescos reservatórios de água, abrigando 97% de toda a água do planeta. Eles produzem a maior parte do oxigênio que respiramos, graças à fotossíntese realizada por algas marinhas e fitoplânctons. Uma das áreas mais fascinantes dos oceanos é a Fossa das Marianas, no Oceano Pacífico, o ponto mais profundo do planeta, com mais de 11 km de profundidade.
Apesar de sua importância, menos de 10% do fundo dos oceanos foi mapeado, o que significa que grande parte das espécies marinhas ainda não foi descoberta, deixando um vasto campo de estudo e possibilidades para o futuro.
Além de sua função vital na produção de oxigênio, os oceanos também influenciam diretamente o clima da Terra. A emissão de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono, tem levado ao aquecimento global, aumentando a temperatura e a acidez dos oceanos, o que pode resultar em danos irreparáveis para a biodiversidade marinha.
Outra curiosidade intrigante envolve uma remessa de patos de borracha que, em 1992, caiu no Oceano Pacífico e ajudou os oceanógrafos a estudar o movimento das correntes oceânicas. Esse evento inesperado permitiu que os cientistas entendessem melhor como as correntes transportam objetos ao redor do planeta, revelando mais sobre os mecanismos que regulam as águas oceânicas.
O processo de formação dos oceanos e um novo oceano em surgimento na África
A formação dos oceanos é um processo complexo, resultado de uma série de eventos ao longo de milhões de anos. Inicialmente, a protoatmosfera, composta por gases como vapor de água e dióxido de carbono, deu início à formação da atmosfera primitiva
Quando o planeta começou a resfriar e a temperatura da superfície terrestre ficou abaixo de 100 °C, o vapor de água presente na atmosfera condensou e formou as primeiras chuvas. Esses processos vulcânicos também contribuíram para a formação das placas tectônicas, e as partes mais baixas da superfície terrestre foram preenchidas pela água, formando os primeiros oceanos.
Curiosamente, um novo oceano está surgindo no continente africano. Estudos recentes mostram que uma fenda tectônica que se estende por aproximadamente 3.000 km, desde o Golfo de Aden até Zimbabué, pode estar levando à separação do continente africano em dois.
Esse processo é resultado do afastamento gradual das placas tectônicas da África e da Arábia, que colidiram há cerca de 30 milhões de anos. Embora a formação desse novo oceano possa demorar dezenas de milhões de anos, novas descobertas indicam que o processo pode ocorrer em menos tempo, talvez em cerca de 1 milhão de anos.
A fenda no deserto da Etiópia é uma das evidências mais recentes de que o Mar Vermelho está se expandindo, eventualmente dividindo o continente africano e criando um novo oceano. Embora esse fenômeno geológico seja extremamente lento, o impacto será gigantesco, alterando o cenário geográfico global.
Embora o surgimento do novo oceano possa acontecer quando a humanidade já não estiver mais presente na Terra, a pesquisa sobre esse processo natural oferece insights valiosos sobre a evolução geológica do planeta.
A formação de um novo oceano na África também destaca o constante movimento e transformação da crosta terrestre. Ao entender melhor esses processos, os cientistas podem prever como as mudanças geográficas impactarão o clima, a vida marinha e até mesmo a biodiversidade terrestre.
[…] California e a Universidade Northwestern, divulgaram recentemente um estudo sobre um “oceano abaixo do oceano”. De acordo com os pesquisadores, existe um vasto oceano a 700 quilômetros […]
[…] relatório do Instituto Potsdam para a Pesquisa do Impacto Climático (PIK), os oceanos estão passando por um processo de acidificação constante e estão prestes a atravessar um limiar […]