Cientistas fazem alerta sobre acidificação dos oceanos
Um relatório do Instituto Potsdam para a Pesquisa do Impacto Climático (PIK), os oceanos estão passando por um processo de acidificação constante e estão prestes a atravessar um limiar de alerta que pode afetar radicalmente a estabilidade planetária.
O processo de acidificação está relacionada à absorção de dióxido de carbono, o CO2, pelos oceanos. Com o aumento da emissão desse gás, principal responsável pelo efeito estufa, o PH da água do mar diminui, o que prejudica organismos como corais, plâncton e conchas. Por consequência, isso acaba prejudicando toda a cadeia alimentar marinha.
“Embora as emissões possam ser rapidamente reduzidas, um certo nível de acidificação contínua pode ser inevitável devido ao CO2 já emitido e ao tempo de resposta do sistema oceânico”, explicou Boris Sakschewski, um dos principais autores do estudo, ao jornal O Globo. “Portanto, superar o ‘limite’ da acidificação oceânica parece inevitável nos próximos anos.”
Soluções para a acidificação dos oceanos
A principal medida necessária seria reduzir as emissões de CO2 na atmosfera, um assunto que já está em voga nos últimos anos devido ao intensificação da crise climática. Em 2015, 196 países assinaram o Acordo de Paris, um compromisso para reduzir as emissões desse e de outros gases que causam o efeito estufa.
“Segundo a ONG Oceana, para que os oceanos recuperem a normalidade, devemos estabilizar as concentrações de CO2 em 350 ppm ou menos, o que, por sua vez, implicaria diminuir as emissões globais em cerca de 80-90 % antes de 2050”, explica o Iberdrola.
A principal forma de diminuir essas emissões seria com a transição energética, substituindo de forma significativa os combustíveis fósseis, como o petróleo, por energias renováveis. “Também podem ajudar a combater esse problema: adaptar as áreas de pesca para reduzir a pressão nos ecossistemas ou identificar quais são as regiões oceânicas que precisam de conservação urgente”, completa o site Iberdrola.
Fonte: O Globo e Iberdrola.
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