Em abril deste ano, o Brasil viu o Rio Grande do Sul ser devastado por enchentes, após o elevado número de chuvas. A tragédia fez com que milhares de pessoas em várias cidades perdessem suas casas, gerando ainda mortes e desaparecimentos. Por conta disso, a busca por soluções inovadoras para conter enchentes é constante, especialmente em um contexto de mudanças climáticas e urbanização acelerada. A proposta de um especialista para um método diferente de barreira contra enchentes é, portanto, um assunto bastante relevante e que merece nossa atenção.
Nesse período, o assunto sobre barreiras funcionais ficou em alta, permitindo que os desafios e as limitações para a implantação delas ficassem ainda mais visíveis. Isso porque, existem vários fatores para serem analisados, como o custo elevado das obras, pois a construção e manutenção de barreiras podem ser muito caras, especialmente em grandes áreas.
Veja outros fatores em torno das barreiras contra enchentes
Outro detalhe a ser debatido é os riscos dessas barreiras em causar danos ao meio ambiente, como a alteração do fluxo natural da água e a perda de habitats. Além disso, em eventos extremos, as barreiras convencionais podem não ser suficientes para conter as enchentes.
O arquiteto chinês Kongjian Yu, deu sua opinião sobre o cenário do Rio Grande do Sul, alertando que ao invés de “lutar contra a água”, os governantes precisam encontrar soluções duradouras e baseadas na natureza. Para completar seu pensamento, Yu disse:
“O uso de barragens de cimento são incapazes de acompanhar os efeitos das mudanças climáticas, uma vez que os eventos de precipitação estão cada vez mais intensos e o nível da água dos rios tende a subir, como foi o caso do Guaíba.”
Outra alternativa proposta é aumentar as áreas verdes, com a implementação de uma infraestrutura verde, como uma forma de ajudar a natureza e todos que vivem ao redor dos riscos de enchentes. Esses espaços poderiam absorver, reter e liberar a água da chuva de forma que ela retorne ao ciclo natural sem causar estragos.