Esta é a viagem mais perigosa do planeta — e está na América do Sul
Em um planeta em que mais de 70% da superfície é coberta por oceanos, o pedaço mais temido do Globo, considerado uma das viagens marítimas mais perigosas, está pertinho do Brasil. Entre a pontinha da América do Sul e a Península Antártica está localizada a Passagem de Drake.
A passagem conta com cerca de mil quilômetros de largura e até seis mil metros de profundidade. Mas o que torna essa porção do oceano tão perigosa é o fato dela estar entre essas duas massas de terra, o que cria um “ponto de estrangulamento”.
Por que a Passagem de Drake é tão perigosa?
Para a CNN Brasil, o oceanógrafo Alexander Brearley, chefe de oceanos abertos do British Antarctic Survey, explicou que esse “é o único lugar no mundo onde esses ventos podem soprar por todo o planeta sem atingir um pedaço de terra – e a terra tende a amortecer as tempestades”.
Quando você está na Passagem de Drake, os ventos podem ter soprado milhares de quilômetros – eles podem ter literalmente dado a volta ao mundo. A energia cinética desses ventos é convertida para ondas de tempestade, que podem até 15 metros de altura na passagem. Mas calma: em média, os ondas no Drake chega a “apenas” quatro ou cinco metros.
Além da intensidade dos ventos, o Drake faz parte da corrente oceânica mais volumosa do mundo. Viajando de oeste para leste, a corrente conta com mais de 150 milhões de litros fluindo por segundo, que só acelera mais quando está sendo comprimida na passagem estreita.
Além disso, embaixo do Drake tem montanhas subaquáticas abaixo da superfície. A enorme correntes que passa por ela faz as ondas se quebrarem contra eles debaixo d’água. “Não é apenas turbulento na superfície, embora obviamente seja o que mais se sente – mas na verdade é turbulento em toda a coluna de água”, explicou Brearley.
Fonte: CNN Brasil e BBC.
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