Para o videogame, o jogo “The Last of Us” introduziu uma nova ideia de apocalipse, com a proliferação de um fungo mortal que transforma os seres humanos em zumbis. No começo de 2023, a HBO lançou a adaptação em formato de série fazendo com o enredo se tornasse ainda mais popular, deixando as pessoas intrigadas com a possibilidade de um dia acontecer o mesmo com a humanidade.
Por conta disso, um microbiologista Dan Buckley respondeu algumas perguntas pertinentes sobre o fungo, afirmando que o Cordyceps em The Last of Us não afetaria humanos na vida real. Para tranquilizar as pessoas, Buckley explicou no vídeo WIRED, com mais detalhes como funciona o fungo mortal.
Veja abaixo a explicação sobre o fungo de The Last of Us
“Os clickers que você viu onde o fungo infecta as pessoas saindo da cabeça da pessoa, eu não me preocuparia muito com isso a menos que você seja um inseto. O fungo ophiocordyceps infecta muitos tipos diferentes de insetos, entra no cérebro deles e então faz com que esses insetos se movam de tal forma que promove a distribuição do fungo para que mais formigas se tornem zumbis, mas os insetos são de sangue frio.
Eles são muito diferentes de nós e então eu não pensaria que esse fungo infectaria as pessoas. Se eu estivesse preocupado com uma infecção zumbi para as pessoas, eu realmente pensaria sobre a raiva. A raiva é transmitida por uma mordida. Se você não for vacinado ou tratado rapidamente, basicamente chega ao seu cérebro, pode fazer com que você queira morder as pessoas. Então, nós meio que temos uma infecção zumbi, só temos vacinas muito boas para isso agora”, concluiu o microbiologista Dan Buckley
Como funciona o fungo na série The Last of Us?
Tanto nos jogos de videogame, quanto na série, ambas as histórias são baseadas na infecção por cordyceps, um fungo chamado Ophiocordyceps unilateralis. Ele também é conhecido como formiga-zumbi porque infecta principalmente formigas. No Brasil, o pesquisador Chris Ketola encontrou algo incrível na Amazônia peruana, onde uma tarântula se tornou vítima do fungo Cordyceps.
Nas imagens divulgadas pela organização Fauna Forever, é possível ver como o aracnídeo foi dominado pelo parasita. Ketola usou seu Instagram para documentar esse momento e explicou que “todo grupo de invertebrados tem a sua própria espécie de Cordyceps que infecta eles”.
“A tarântula foi infectada por esse fungo”, explica o pesquisar. “Ele controlou o seu sistema nervoso e a forçou a ficar nessa localização enquanto morria. O fungo brotou para fora do seu corpo, permitindo que os esporos se espalhassem para outra tarântula desavisada”, disse em vídeo.