Surucucu Tapete (Jararacuçu): é venenosa? pode matar?

Surucucu tapete, urutu-dourado, jararacuçu, surucucu-dourada: alguns dos muitos nomes da víbora Bothrops Jararacussu. Independente do nome, a fama desta serpente se mantém a mesma: venenosa e fatal.

Tão temido quanto seu veneno é o seu tamanho, que em alguns casos pode ultrapassar os 200cm. A este tamanho, junte a cor de pele amarelada a alaranjada, os olhos pequenos e penetrantes e a sua fileira de escamas altamente quilhadas. Eis uma das cobras mais perigosas do Brasil.

Como o veneno age?

As presas retráteis da surucucu tapete, localizadas na mandíbula superior, são responsáveis por injetar o veneno produzido por suas glândulas em suas vítimas.

Este veneno é não só extremamente potente, mas também disponível em grandes quantidades: um único ataque é capaz de liberar até 300 miligramas dele.

Sem o devido tratamento, a letalidade da mordida desta serpente pode ser de 15 a 18%. Os danos causados pelo veneno afetam o sistema sanguíneo e o cardiovascular, levando a necroses e, em alguns casos, à cegueira.

Mas qual é o comportamento desta serpente?

Apesar da venenosidade, a surucucu tapete é conhecida por seu comportamento noturno e recluso, preferindo habitar vegetações arbustivas, formações rochosas e fragmentos de água, o que diminui o contato com humanos.

Este animal ovovíparo dá luz a uma média de quinze a vinte filhotes em cada ciclo, todos em torno dos 28cm e que perdem a pele pela primeira vez cinco dias após o nascimento.

Onde ela é encontrada?

Residente de estados como Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, esta víbora também habita na Bolívia, o Paraguai e nordeste da Argentina.

A surucucu tapete está na lista vermelha da IUCN como “Menos Condição Preocupante”, em função de sua extensa distribuição e presença em ecossistemas florestais intactos.

O que torna o veneno assim tão perigoso?

A complexidade do veneno da surucucu tapete reside em sua composição, que inclui uma mistura de enzimas, polipéptidos de baixo peso molecular, íons metálicos e outros componentes, que originam diversos efeitos ao ser humano.

Uma única picada desta cobra pode causar uma série de sintomas, como dor imediata, queimação, tonturas, náuseas, dor de cabeça, inchaço maciço, sangramento do nariz e gengivas, hipotensão, taquicardia, coagulopatia e, em muitos casos, insuficiência renal e hemorragia intracerebral.

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