O mundo dos anfíbios é surpreendentemente diverso e colorido. Uma característica que pode chamar a atenção é o surgimento de espécies com uma cor branca inusual. Embora não seja uma característica exclusiva de qualquer espécie, alguns anfíbios podem apresentar essa coloração devido a casos pontuais de leucismo ou albinismo.
Neste artigo, iremos explorar duas espécies de anfíbios exclusivamente brancos e venenosos: Adelphobates galactonotus e Phyllobates terribilis.
Antes de entrarmos em detalhes, é válido ressaltar que a coloração branca entre essas espécies não é uma regra absoluta, podendo variar significativamente e apresentar-se em formas extremamente coloridas e atraentes. Portanto, a presença de um animal anfíbio branco, embora rara, é um fenômeno fascinante que vale a pena explorar.
Por que alguns anfíbios são brancos?
Como mencionado anteriormente, a coloração branca desses anfíbios não é uma característica específica da espécie, mas sim resultado de condições genéticas únicas, como o albinismo ou leucismo. O albinismo é caracterizado pela ausência completa de pigmento, resultando em pele, cabelos e olhos brancos ou rosados. Já o leucismo é um pouco diferente, resultando em animais com pele e cabelos brancos, mas com cores normais nos olhos.
Essas condições são bastante raras na natureza e geralmente estão presentes desde o nascimento. Também vale mencionar que o albinismo ou leucismo podem tornar os anfíbios mais perceptíveis para predadores, uma vez que o branco pode destacá-los em seu ambiente natural.
Quais são essas espécies de anfíbios brancos?
O Adelphobates galactonotus e o Phyllobates terribilis são duas espécies de anfíbios que podem ser encontradas na cor branca devido às condições de leucismo ou albinismo. Essas espécies são também extremamente venenosas, o que as torna ainda mais fascinantes e merecedoras de estudo.
Adelphobates Galactonotus: O colorido da floresta tropical
O Adelphobates galactonotus é uma espécie de sapo venenoso endêmica da floresta tropical do sul da Bacia Amazônica no Brasil. Esta espécie apresenta uma gama impressionante de cores, variando de preta a amarela, laranja, vermelha e até mesmo branca. Apesar de ameaçada pela perda de habitat e coleta ilegal, a espécie é bastante comum em cativeiro e é regularmente reproduzida.
Phyllobates Terribilis: O venenoso da Colômbia
Já o Phyllobates terribilis é um sapo venenoso endêmico da costa do Pacífico da Colômbia, considerada a maior espécie de sapo venenoso, e pode atingir um tamanho de 55 mm como adultos.
Eles vivem em grupos em alta umidade e registrando altas taxas de chuvas. Estes sapos são facilmente reconhecíveis por suas cores vibrantes, servindo como um aviso para os predadores de sua perigosa toxicidade.
No entanto, alguns indivíduos sob condições especiais nascem na cor branca, acentuados pela falta de pigmentação denominada leucismo ou albinismo.
Os anfíbios brancos são exemplos incríveis de como a genética pode gerar características únicas na fauna do nosso planeta. Através de condições de albinismo ou leucismo, espécies como o Adelphobates galactonotus e o Phyllobates terribilis podem apresentar colorações brancas, transformando-os em seres ainda mais exóticos e fascinantes nos já ricos e coloridos ecossistemas das florestas tropicais do Brasil e da Colômbia.