Pessoas com mais de 50 anos devem passar mais tempo na Internet, segundo estudo
Nós estamos sempre falando sobre como precisamos diminuir nosso tempo online em prol da nossa saúde mental. Porém, um novo estudo revelou que, para pessoas acima de 50 anos, o tempo passado na internet pode ser benéfico.
A pesquisa, feita com mais de 87,5 mil adultos, mostrou que passar tempo na internet pode ajudar a diminuir sintomas de depressão em cerca de 9%. O estudo ainda revelou que o tempo online também ajuda aumenta a satisfação geral com a vida. Os usuários da internet avaliaram sua saúde cerca de 15% melhor do que os não usuários.
O estudo analisou os hábitos de uso de internet em pessoas de 23 países. Os indivíduos analisados responderam sobre a frequência e a forma como usam a internet, e sobre o grau de satisfação deles em relação à vida. Adultos dos EUA, Reino Unido e China tiveram os impactos mais positivos.
“Esses benefícios foram consistentes em todos os países, mostrando o potencial da internet como uma ferramenta para melhorar a saúde mental globalmente”, comentou um dos autores do estudo, o Dr. Qingpeng Zhang, professor associado na Universidade de Hong Kong, para a BBC Science Focus.
Outra pesquisadora – que não estava envolvida no estudo -, a Dra. Andrea Wigfield, explicou que, apesar da internet poder ajudar as pessoas a se conectarem, ela não pode substituir 100% as interações face-a-face.
Por que a internet pode melhorar a saúde mental de pessoas acima dos 50?
“Para as pessoas mais velhas, que muitas vezes enfrentam restrições de mobilidade e atividades, o uso da internet oferece uma oportunidade valiosa e uma alternativa para acessar informações relacionadas à saúde, além de fornecer um canal importante para conexões sociais e entretenimento online”, escreveram os coautores do estudo, publicado no periódico científico Nature.
“Ao superar as barreiras sociais e espaciais, o uso da internet pode facilitar as conexões com familiares e amigos e expandir as redes sociais entre adultos de meia-idade e idosos”, afirma a pesquisa.
Fonte: BBC Science Focus.
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