Oceano pode secar e desaparecer? O que dizem os cientistas

Em um planeta cuja superfície é 75% coberta por água, parece uma grande loucura imaginar oceanos secando e desaparecendo. Mas foi exatamente isso que um estudo publicado na revista Nature, lá em 2013, afirmou que iria acontecer. E talvez você esteja pensando: “Isso foi há mais de dez anos e o oceano continua aqui, então eles erraram.”

Bem, você estaria errado. Segundo o estudo, o desaparecimento dos oceanos só aconteceria em aproximadamente um bilhão de anos, devido a um fenômeno (incrivelmente) lento do aumento da luminosidade do Sol, que provocaria a evaporação dos oceanos.

O modelo foi concebido por uma equipe francesa do Laboratório de Meteorologia Dinâmica. Ele reavalia estimativas anteriores que não consideravam o aquecimento global provocado pela ação humana e situavam essa transformação na escala “de centenas de milhões de anos”.

“Neste caso, o responsável é o aumento da radiação solar. As temperaturas terrestres também deverão aumentar nas próximas centenas de milhões de anos, provocando uma intensificação do aquecimento global. Os oceanos começariam a ferver e o efeito estufa seria agravado”, explica matéria da época do G1.

Outro oceano pode desaparecer antes – mas por outro motivo

Segundo o Jornal da USP, um estudo publicado em 2022 na “National Science Review” afirma que o Oceano Pacífico pode desaparecer entre 200 e 300 milhões de anos – antes dos oceanos evaporarem, em teoria – por causa dos movimentos das placas tectônicas, que irão formar um novo supercontinente com a colisão da América com a Ásia. Já fizeram até um nome para esse novo continente: Amásia.

“Esse grupo trabalha com modelagem paleogeográfica”, explicou Ricardo Trindade, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP, ao jornal da universidade. “A partir daí, conseguimos reposicionar as placas tectônicas e saber como elas se moveram ao longo do tempo. A importância desse estudo é que ele não só modela a geografia da Terra durante os últimos bilhões de anos como também tenta prever o futuro.”

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