Depois de várias reuniões e incertezas, o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, bateu o martelo sobre a possibilidade do horário de verão. Nesta quarta-feira (16/10), ele afirmou que a medida não vai retornar neste ano e o governo vai avaliar a possibilidade de retomar em 2025, de acordo com as análises nos próximos meses:
“Nós hoje, na última reunião com o ONS [Operador Nacional do Setor Elétrico], chegamos à conclusão de que não há necessidade de decretação do horário de verão para este período, para este verão”, declarou Silveira. “Nós temos a segurança energética assegurada, há o início de um processo de restabelecimento ainda muito modesto da nossa condição hídrica. Temos condições de chegar depois do verão em condição de avaliar, sim, a volta dessa política em 2025″, prosseguiu.
“É importante que ele [horário de verão] seja sempre considerado, ele não pode ser fruto de uma avaliação apenas dogmática ou de cunho político. É uma política que tem reflexos tanto positivos quanto negativos no setor elétrico e na economia, portanto, deve sempre estar na mesa para uma avaliação precisa do governo federal”, completou o ministro.
Motivos que levantaram a pauta do horário de verão
O assunto de retomar o horário de verão começou por conta das secas, sob recomendação do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), em setembro. No entanto, a situação foi reavaliada e houve uma melhora no cenário das chuvas e dos reservatórios de hidrelétricas, evitando o adiantamento dos relógios ainda em 2024.
Suspenso em 2019, o horário de verão costumava ser implementado entre outubro/novembro e fevereiro/março de cada ano. Caso fosse retomado, começaria em novembro deste ano, como forma de aproveitar mais a luz do dia.