Em 2023, uma pesquisa foi divulgada e mostrou que na cidade de Eldorado do Sul, no Rio Grande do Sul, uma situação emergencial com os animais estava ocorrendo por causa da infestação da planta Senécio madagascariensis, mais conhecida por “maria-mole”. Ela é extramemente tóxica e é responsável pela morte de 30 a 42 mil cabeças de gado por ano.
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Aparentemente inofensiva, ela possui folhas amarelas pequenas, o Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa em Saúde Animal Desidério Finamor decidiu investigá-la, junto com os produtores rurais do município em conjunto com a Emater/RS-Ascar. Os resultados mostraram que houve uma alta infestação dessa espécie em nas regiões onde ocorreu as mortes: “Baseando-se nestes dados, com algumas características específicas, foram recomendadas medidas de controle aos produtores, que podem ser estendidas às demais propriedades rurais”, afirmou Fernando Castilhos Karam, do Laboratório de Histopatologia do (IPVDF) ao jornal O Globo.
“Plantas do gênero Senecio são as mais importantes no Rio Grande do Sul sob o ponto de vista toxicológico, causando graves prejuízos à cadeia produtiva da bovinocultura. Há uma perda estimada de 30 mil a 42 mil cabeças ao ano, por intoxicação proveniente da ingestão de diferentes espécies de Senecio. A letalidade é praticamente de 100%”, concluiu Karam.
Quando os bovinos ingerem a maria-mole, eles são intoxicados por causa da seneciose, algo fatal para eles. É difícil combater essa infestação pois existem mais de 25 espécies do gênero Senecio, mas nem todas são consideradas tóxicas, mas as cinco principais que fazem parte das pesquisas são: S. brasiliensis, S. selloi, S. oxyphyllus, S. heterotrichius, S. tweediei e S. madagascariensis.