Entenda por que não pode beber álcool enquanto toma antibióticos
Você provavelmente já conheceu alguém (ou talvez tenha sido a pessoa) que não pôde beber álcool em algum evento porque estava tomando antibiótico. Mas por que esse tipo de remédio impede o consumo de álcool?
Diferente do que diz a sabedoria popular, misturar as duas substâncias não vai “cortar o efeito” do remédio. Mas a mistura pode causar efeitos adversos sobre o seu organismo, “como o aumento da toxicidade do álcool, a ocorrência de efeitos colaterais e até um maior risco de lesões no fígado”, explica o Jornal da USP.
Ingerir álcool tomando esse tipo de medicação pode causar náusea e vômitos, dor de cabeça, diarreia e até aumento da pressão arterial – o que por sua vez aumenta o risco de eventos cardiovasculares. Tanto o álcool quanto os antibióticos são metabolizados no fígado, então consumir os dois podem sobrecarregar o órgão.
Outro problema da mistura é o seguinte: se você está tomando antibióticos, é porque você tem alguma infecção que precisa ser combatida. Para isso, além dos remédios, você precisa de um sistema imunológico forte – que pode ser prejudicado por excesso de álcool.
“Mas não posso beber nem um pouquinho?”
Dependendo da classe do antibiótico que você está tomando, você até pode consumir álcool, mas em quantidades bem moderadas. “Duas taças de vinho, duas latinhas de cerveja ou uma dose de bebida destilada”, conta o VivaBem. Também é recomendado deixar um intervalo de tempo entre o consumo das doses.
Depende do antibiótico?
Sim, certas classes de antibióticos podem causar reações mais graves se ingeridas junto com álcool. O metronidazol, o cloranfenicol, o tinidazol, o furazolidona e as sulfonamidas (sulfas), misturadas com álcool, podem causar reações como palpitações, dificuldade respiratória, náuseas, dor torácida, hiperventilação, visão turva e até confusão mental.
Fonte: Jornal da USP, VivaBem – UOL e Mayo Clinic.
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