Entenda o mistério dos pequenos pontos vermelhos no espaço que intrigam pesquisadores

“Há mais coisas entre o céu e a terra do que sonha nossa vã filosofia.” Uma das frases mais icônicas de William Shakespeare – essa saiu da peça “Hamlet” – é o jeito perfeito de começarmos o assunto desse texto. Os mistérios do universo estão a anos-luz de serem desvendados e sempre surgem coisas novas para fascinar os pesquisadores. Um exemplo são os pequenos “pontos vermelhos” no espaço, identificados recentemente.

Segundo a BBC, recentemente o telescópio espacial James Webb identificou indícios de objetos formados há 12 bilhões atrás – um pouco depois do Big Bang (13,8 bilhões de anos antes). Na hora de serem observados, esses objetos ganharam um brilho no espectro vermelho: daí veio o apelido de pequenos pontos vermelhos.

O que são exatamente esses pontos é uma pergunta mais complicada e que vem gerando debate.

Eles parecem pequenas galáxias – com um tamanho cerca de 3% o da Via Láctea – com bilhões de estrelas ou galáxias com muitos buracos negros. O astrônomo Mario Hamuy, professor da Universidade de Chile, explicou a BBC que eles “vêm de distâncias tão longínquas que chegam aqui muito fracos”.

Os pontos vermelhos são “mestres do disfarce”

Todas as fontes de luz do universo mudam de aparência quando se as observa em distintas janelas do espectro eletromagnético. Da mesma forma que acontece quando se faz uma imagem com raio-X ou com luz da sua mão. No primeiro caso, você verá os ossos da mão, e no segundo verá a pele”, explicou Hamuy. “Os pequenos pontos vermelhos não são uma exceção. Dependendo da janela do espectro que você usa, verá regiões internas distintas do objeto.”

Essas diferenças de análises que geram os debates se esses pontos são galáxias que abrigam milhões de estrelas ou uma galáxia com um enorme buraco negro. “Em qualquer cenário, os pequenos pontos vermelhos são cruciais para a compreensão da formação inicial das galáxias”, conclui Hamuy.

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Imagens: reprodução

Fonte: BBC.

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