Entenda como funciona a comunicação silenciosa das plantas

Todos os seres vivos têm alguma forma de comunicação e com as plantas não é diferente. As plantas têm formas diferentes de enviarem mensagens umas às outras que não são verbais. Um exemplo muito interessante é o cheiro.

Sabe aquele cheiro de grama que acabou de ser cortada? Esse cheiro é provocado por substâncias químicas, os voláteis, liberadas pela própria grama como uma forma de comunicar a outras plantas próximas de que existe uma ameaça por perto – neste caso, o cortador de grama.

cortador de grama
Imagem de Ulrike Mai por Pixabay

Essas substâncias também podem ser usadas para mandar “recados” para outros seres vivos. Por exemplo, quando insetos atacam a planta, ela pode emitir essas substâncias para afastá-los.

A “internet” das plantas

As plantas também podem enviar mensagens umas para as outras através de sinais elétricos, por meios de suas raízes e de redes de fundos – que ganharam o apelido de “wood wide web”, a “rede global florestal”, uma referência ao “world wide web”, a internet. Através dessa rede, árvores e plantas compartilham recursos, como água e nutrientes, e alertam umas às outras sobre ameaças.

“Tal como nas redes sociais, segundo [Peter] Wohlleben, as árvores da floresta formam redes constituídas por laços familiares, de vizinhança e amizade (2016). Tanto na wood wide web como na teia da vida, há relações verticais e horizontais, mas também uma grande heterogeneidade”, explica texto publicado no periódico científico Cescontexto.

Sven Batke, chefe do departamento de pesquisa e intercâmbio de conhecimento e professor de ciência botânica na Universidade Edge Hill, no Reino Unido, ainda alerta no texto – publicado originalmente no The Conversation – que perturbar o solo por meio de produtos químicos, desmatamento ou mudanças climáticas pode prejudicar essas redes de comunicação, deixando as plantas menos “informadas e conectadas”.

Fonte: BBC.

Referências

MOREIRA, Jorge. Pensar a Humanidade e as Redes através da Teia da Vida. Beyond Modernity: Alternative, p. 34-48, 2022.

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