No Brasil, é possível encontrar cobras de vários tamanhos e espécies, que podem ser ou não peçonhentas. Além disso, também é possível encontrar a Anfisbena, popularmente conhecida como cobra-de-duas-cabeças, que chama a atenção de cientistas e pode gerar pavor em muitas pessoas.
Apesar desse apelido, ela não é uma cobra e nem possui duas cabeças. Essa crença popular se deve à sua aparência peculiar, com a cauda arredondada e similar à cabeça, o que cria a ilusão de um animal com duas extremidades cefálicas.
Se não é cobra, é o que?
Apesar da aparência similar às cobras, as anfisbênias pertencem a uma subordem à parte, chamada Amphisbaenia. Elas possuem características anatômicas e fisiológicas distintas das serpentes, como a presença de pálpebras móveis e a forma de seus ossos
Conheça melhor a “cobra-de-duas-cabeças”
Elas ganharam essa fama de cobra por ter um corpo semelhante ao de uma minhoca gigante e são perfeitamente adaptadas para a vida subterrânea. Elas são carnívoras e se alimentam principalmente de insetos, minhocas e outros pequenos invertebrados que encontram no subsolo.
Se destaca por ser animal fossorial, ou seja, passa a maior parte de sua vida escavando túneis no solo, e sua movimentação é de forma ondulatória, similar às cobras, mas também podem se mover para trás, devido à semelhança entre a cabeça e a cauda. Podem ser encontradas em diversas regiões do mundo, incluindo América do Sul, África e Ásia. No Brasil, são mais comuns em regiões de clima quente e úmido.
A importância ecológica das anfisbenas
As anfisbênias desempenham um papel importante no ecossistema, controlando a população de insetos e outros invertebrados. Além disso, seus túneis ajudam a aerar o solo, facilitando a infiltração da água e o crescimento das plantas.