A notícia de que cooperativas estão utilizando inteligência artificial (IA) para classificar grãos de café é um marco importante para o setor cafeeiro. Essa tecnologia inovadora promete trazer diversos benefícios para produtores, cooperativas e consumidores. Nesta semana, as cooperativas de cafeicultores Cooxupé e Minasul, que firmaram um acordo com a startup de Cingapura ProfilePrint para usar a inteligência artificial (IA) para classificar grãos de café.
Como a IA está sendo utilizada na classificação do café?
O auxílio da IA pode ajudar em vários aspectos da produção do café, como no momento de analisar imagens de grãos de café em alta resolução, identificando características como tamanho, forma, cor e defeitos com precisão e rapidez. Algumas IAs também possuem mecanismos para prever o perfil sensorial da bebida, como acidez, doçura e aroma, a partir da análise dos grãos.
Usar a inteligência artificial também pode otimizar os processos, permitindo reduzir custos e aumentar a eficiência na produção. Dessa forma, a IA pode oferecer maior transparência na classificação dos grãos, permitindo que produtores e compradores tenham acesso a informações mais precisas e detalhadas sobre a qualidade do café.
Apesar dos benefícios, a implementação da IA na classificação do café ainda apresenta alguns desafios, como o custo da aquisição, mesmo que o aparelho seja semelhante a um liquidificador. Além disso, é necessário capacitar os profissionais para operar e interpretar os dados gerados pela IA.
No entanto, Nicholas Yamada, country manager da ProfilePrint, aproveitou a oportunidade do evento em São Paulo sobre a divulgação da nova tecnologia para ressaltar que a IA “não vai substituir o provador. O que a gente quer com a máquina é consistência no processo de classificação.”