Nesta semana, o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) realizou uma operação em parceria com a Polícia Federal e apreendeu 12 troféus de caça irregulares na residência de um caçador. A ação chamada “Aqua Fortis” visa encontrar responsáveis por lavagem de dinheiro que é proveniente da extração e do comércio ilegal de ouro em garimpos nos estados do Mato Grosso e do Pará.
Quando entraram na casa de um dos suspeitos, encontraram espécies empalhadas como hipopótamo, girafa, búfalo, gnu e leão. Ao confiscarem os objetos, o Ibama descobriu que alguns animais possuíam uma certificação realizada pela Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies Silvestres Ameaçadas de Extinção (Cites), que os tornaria legais no Brasil.
Ao todo, foram encontrados 11 cabeças de animais e uma ave taxidermizados, que é a técnica de preservação de animais mortos que os enche de palha, para conservar suas características físicas.
Mais informações do caçador e dono das mercadorias
Apesar da busca envolver ouro ilegal no Mato Grosso e no Pará, o mandado de apreensão ocorreu em São José do Rio Preto (SP), na manhã da última terça-feira (10/09). Vale ressaltar que 12 animais não tinham a documentação adequada e a PF confirmou que eles foram importados da África. Lá, é permitido a caça de animais que não estejam em extinção e os 12 animais que estão sem documentação legalizada foram apreendidos pelo Ibama.
O empresário não estava presente no local e também foi apreendido armas e munições. De acordo com a polícia, o empresário é caçador profissional e alguns dos animais foram caçados por ele.