Por onde andamos pelo Brasil, descobrimos um pouco da história do nosso país. E o termo “favela”, nasceu de uma forma bastante curiosa e talvez poucas pessoas saibam que isso começou através de uma planta popular, que também pode ser conhecida por mandioca-brava, urtiga-brava ou cansanção. Ela é nativa da Caatinga e é famosa por suas propriedades urticantes, que causam irritação na pele ao simples toque.
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Entenda melhor como a planta favela fez parte desse processo
As favelas se popularizaram principalmente no Rio de Janeiro, por conta do crescimento demográfico da cidade que foi afastando as pessoas que moravam em cortiços para outros locais. Em 1897, cerca de 20 mil soldados retornaram para a cidade carioca, depois da Guerra dos Canudos, e foram morar no Morro da Província.
Nessa época, alguns conflitos já ocorriam e um dos morros foi batizado pelo nome “Favela” como analogia à planta por causar irritação na pele ao simples toque. Nessa época, essa planta também era popularmente conhecida como “árvore faveleira”. Após esse momento, o Morro da Província recebeu o apelido de Morro da Favela. A partir da década de 1920, esse termo se popularizou ainda mais e os morros com casebres começaram a ser chamados de favelas.
Inclusive, o Morro da Província é considerada a primeira favela da capital carioca e, desde então, passou por diversas transformações, sendo palco de lutas sociais que ajudaram a moldar a cultura e a identidade carioca.
Uso medicinal com favela
Além de ter um papel importante no bioma Caatinga, ajudando na proteção do solo e servindo de abrigo para alguns animais pequenos, ela também é bastante cultuada em práticas de medicina popular, apesar de seu potencial perigoso. Algumas partes da planta são usadas para tratar dores e inflamações, mas o uso deve ser feito com extremo cuidado e conhecimento.