Voltou atrás? Anvisa reverte decisão sobre “chip da beleza”

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) flexibilizou o uso dos implantes hormonais no Brasil, mas mantém a proibição de aplicar os implantes para fins estéticos – o que ficou conhecido popularmente como “chip da beleza”.

No dia 18 de outubro, a agência publicou uma resolução com a “suspensão da manipulação, da comercialização, da propaganda e do uso de implantes hormonais manipulados (ou seja, feitos em farmácias de manipulação)”, explica o site do Ministério da Saúde.

A nova resolução, publicada na última sexta-feira (22), flexibiliza o uso dos implantes, que podem ser usados para fins de saúde, como reposição hormonal, desde que o uso seja feito com o acompanhamento de um profissional de saúde. Mas a manipulação, comercialização e uso de implantes à base de esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos continua proibida. Esses implantes costumam ser utilizados para ganho de massa muscular, melhora de desempenho esportivo e fins estéticos.

A Anvisa também proibiu propagandas dos implantes, além de colocar em prática um programa de fiscalização em farmácias. Algumas chegaram a ser interditadas por continuar manipulando e comercializando os implantes.

O que é o “chip da beleza”?

Popularizado principalmente por influenciadoras digitais, o “chip” é um implante hormonal colocado embaixo da pele, normalmente nos glúteos e no abdômen, feito em farmácias de manipulação e implantado em clínicas médicas. Ele foi vendido principalmente como uma forma de perder peso, aumentar a massa muscular e diminuir gordura.

Porém, esses implantes não foram submetidos à avaliação da Anvisa, e podem oferecer riscos à saúde. Alguns dos principais efeitos colaterais observados em pacientes que usaram os implantes foram:

  • Elevação do colesterol e de triglicerídeos no sangue (dislipidemia);
  • Hipertensão arterial;
  • Acidente vascular cerebral;
  • Arritmia cardíaca;
  • Crescimento excessivo de pelos em mulheres (hirsutismo);
  • Queda de cabelo (alopecia);
  • Acnes;
  • Alteração na voz (disfonia);
  • Insônia;
  • Agitação.

Fonte: ND+, BBC e Ministério da Saúde.

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