A maior profundidade do oceano que o homem já chegou

O oceano cobre quase 71% da superfície terrestre, mas ainda é praticamente inexplorado. A humanidade ainda não mapeou nem explorou mais de 70% do oceano. Ainda assim, o homem já chegou ao ponto mais profundo do oceano: a Depressão Challenger, nas Fossas Marianas, no Oceano Pacífico, a quase 11 mil metros abaixo do nível da água.

O feito foi alcançado pela primeira vez em 1960 por Jacques Piccard e Don Walsh. Em 2020, a ex-astronauta Kathryn Sullivan e Vanessa O’Brien se tornaram as primeiras mulheres a chegarem no ponto mais fundo do oceano.

O mais interessante é que esse local é a união entre dois pedaços de Terra, mas tem uma pequena porção plana no centro onde nós pousamos”, contou Sullivan em entrevista à Veja. “Eu sabia que existia vida em todos os lugares, mas eu nunca tinha lido nada sobre que tipo de vida tinha lá. Foi interessante ver que o fundo do mar é parecido com a Lua, bem plano, mas um pouco enrugado e sob cada uma daquelas protuberâncias tem o buraco de uma pequena minhoca. Os oceanos são a fonte secreta de vida neste planeta. É fascinante.”

Kathryn Sullivan e Vanessa O’Brien
Foto: reprodução

Por que é tão difícil explorar os oceanos?

“Em grandes profundidades, as condições de exploração se tornam extremas. A chamada ‘zona de luz solar’ termina a cerca de 200 metros abaixo da superfície, tornando a imagem muito mais complicada e a pressão é extremamente alta”, explica o site da UNESCO.

Apesar das condições difíceis, principalmente devido a pressão, a exploração do oceano se torna cada vez mais possível com o uso de novas tecnologias – mas a tarefa continua difícil. É comum ouvirmos que sabemos mais sobre a superfície da lua do que o sobre o fundo do mar, e isso é verdade.

Fonte: NOAA, National Geographic, BBC Science Focus, UNESCO e Veja.

Continue acompanhando o Folha Oceânica para conferir mais dicas, notícias e causos.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.