Câncer de mama pode ter sido retratado na Capela Sistina
Mesmo tendo sido pintada a mais de 500 anos atrás, parece que a Capela Sistina ainda guarda segredos e detalhes escondidos para quem estiver disposto a procurar. Uma pesquisa recente acredita que Michelangelo retratou uma mulher com câncer de mama em uma das pinturas da capela.
Publicado na revista The Breast, o estudo reúne especialistas em história da arte e medicina para analisar uma das mulheres retratadas em “O Dilúvio Universal”, uma das obras presentes na capela.
A pesquisa foi feita a partir do método iconodiagnóstico, que procura sinais clínicos de doenças e distúrbios em obras de arte. “Ela é frequentemente utilizada para fornecer informações sobre patologias em diferentes períodos paleo-históricos e requer a colaboração entre especialistas em biomedicina, história médica e história da arte”, explica O Globo.
Eles apontam que um dos seios dessa mulher apresenta algumas características da doença já em estágio avançado, como o mamilo retraído e deformado, pele areolar retraída e uma reentrância parecida com uma cicatriz. Além disso, protuberâncias acima dos seis poderiam indicar a presença de nódulos. Você pode observar a imagem no quadro 1C abaixo:
Os pesquisadores consideraram que outras doenças, mastite tuberculosa e mastite puerperal, poderiam estar sendo representadas, mas descartaram ambas. Eles também descartaram condições crônicas como mastite de células plasmáticas, já que elas são mais comuns em mulheres mais velhas, e a mulher da pintura aparenta ser mais jovem.
Michelangelo sabia que estava pintando sintomas do câncer de mama?
A equipe internacional por trás do estudo acredita que o pintor italiano teria escolhido retratar a doença. Michelangelo era muito familiarizado com a anatomia humana, tendo ajudado em autópsias a partir dos 17 anos, portanto, é possível que ele tenha observado patologias incluindo o câncer de mama.
Fonte: CNN Brasil e O Globo.
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