Medo tem cheiro? O que dizem os cientistas
Sabe quando você chega na casa de alguém, o cachorro da pessoa não para de pular em você e alguém diz que você tem que acalmar porque o cachorro está “cheirando” o seu medo? Afinal de contas, medo realmente tem um cheiro?
Por mais curioso que pareça, a resposta é sim. Quando sentimos medo, nosso corpo libera feromônios, “mensageiros químicos”, que têm um cheiro. Animais com sentido de olfato mais apurado, como os cachorros, conseguem detectar esse cheiro, mas os humanos não têm essa mesma habilidade.
A parte do cérebro capaz de detectar esses feromônios é praticamente não funcional no cérebro humano, funcionando quase como uma apêndice neurológico.
Mas isso não quer dizer que sejamos completamente indiferentes ao “cheiro do medo”. “Estudos mostraram que, se as mulheres inalam o suor produzido por homens que estão sentindo medo, elas também se tornam mais suscetíveis e sensíveis ao medo”, explica a BBC Science Focus.
Ou seja, nós percebemos os feromônios de forma mais inconsciente, sem a mesma percepção dos animais. Por isso, o medo não tem cheiro de nada para nós – justamente porque não estamos cheirando conscientemente – ou então tem cheiro de suor – que é mais um efeito colateral do medo ou de uma situação estressante.
Cachorros conseguem identificar estresse dos tutores pelo cheiro
Um estudo publicado na revista PLOS ONE concluiu que os cachorros conseguem perceber se seus humanos estão calmos ou estressados apelas pelo cheiro. “Foi fascinante ver como os cães eram capazes de discriminar entre esses odores quando a única diferença era que uma resposta psicológica ao estresse havia ocorrido”, comentou a principal autora do estudo, Clara Wilson, doutoranda na Queen’s University Belfast, na Irlanda do Norte.
Fonte: BBC Science Focus e CNN Brasil.
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