Mosquito da dengue já nasce infectado? Como ele se contamina
O mosquito aedes aegypti é conhecido por ser o principal vetor de transmissão do vírus da dengue no Brasil, além de também transmitir zika e chikungunya. Durante muito tempo, acreditou-se que o mosquito só ficava infectado pelo vírus após picar uma pessoa contaminada, mas uma pesquisa recente descobriu que eles já podem nascer infectados.
Feito por pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG), o estudo coletou ovos de mosquitos de sete regiões diferentes de Goiânia em armadilhas e placas. O material foi levado para a Faculdade de Biologia da UFG, onde eles analisaram o ciclo até a eclosão do mosquito.
Das 1.570 fêmeas do aedes aegypti analisadas, nenhuma nasceu com o vírus da dengue, mas 20 nasceram com o vírus da chikungunya e dez, com o da zika. Foram casos de transmissões diretas da fêmea para a sua prole. Esse tipo de transmissão é possível, mas o mais comum segue sendo quando um mosquito pica uma pessoa infectada. Depois disso, o inseto vai transmitir o vírus pelo resto da sua vida.
Melhor estratégia de combate à dengue
Eliminar os focos de reprodução do mosquito são a melhor forma de combater a dengue, a zika e a chikungunya. Para isso, é preciso evitar locais de água parada. Confira uma lista de medidas recomendadas pelo Ministério da Saúde:
- Tampe caixas d’água, ralos e pias;
- Higienize bebedouros de animais de estimação;
- Descarte pneus velhos junto ao serviço de limpeza urbana de sua cidade. Caso precise guardá-los, mantenha-os em local coberto, protegidos do contato com a água;
- Retire a água acumulada da bandeja externa da geladeira e bebedouros e lave-os com água e sabão;
- Limpe as calhas e a laje da sua casa e coloque areia nos cacos de vidro de muros que possam acumular água;
- Coloque areia nos vasos de plantas;
- Amarre bem os sacos de lixo e não descarte resíduos sólidos em terrenos abandonados ou na rua;
- Faça uma inspeção em casa pelo menos uma vez por semana para encontrar possíveis focos de larvas;
- Sempre que possível, faça uso de repelentes e instale telas, especialmente nas regiões com maior registro de casos;
- Receba bem os agentes Comunitários de Saúde e de Controle de Endemias que trabalham em sua cidade.
Fonte: Fiocruz, Governo do Estado do Espírito Santo, g1 e Ministério da Saúde.
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