Conhecidas também como gigantescas erupções, periodicamente essas explosões ocorrem no Sol, fazendo com que algumas partículas sejam espalhadas pelo Sistema Solar. Inclusive, a Terra está no caminho dessas partículas e são elas as responsáveis pelas auroras brilhantes nos céus noturnos em muitas partes do planeta. Mas, em outros casos, também podem resultar falhas em satélites, distorcendo sinais de GPS e derrubar redes de energia.
Cientificamente, essa atividade é conhecida como erupções solares e ejeções de massa coronal (CMEs). Essas explosões liberam grandes quantidades de partículas carregadas que, ao atingirem a Terra, podem causar diversas perturbações, conhecidas como tempestades solares.
Qual foi o sinal de alerta que os Estados Unidos acionaram?
Na última quarta-feira (09/10), um centro federal norte-americano emitiu um alerta sobre a intensidade das próximas tempestades solares, após algumas espaçonaves terem se danificado por causa de uma grande labareda solar emanando de uma mancha solar no Hemisfério Norte, que também contou com uma explosão de partículas conhecida como ejeção de massa coronal.
O coordenador de serviço do Centro de Previsão de Clima Espacial, Shawn Dahl, disse que “o preocupante aqui é que estava bem no centro do Sol”. Dahl faz parte da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica e explicou essas novas atividades em uma coletiva de imprensa. Essas erupções ocorridas no centro do sol podem significar que pelo menos parte dela estava provavelmente direcionada diretamente para a Terra.
Não é a primeira vez que os institutos norte-americanos alertam sobre isso as severas tempestades solares que vêm ocorrem em direção à Terra. Na época, a tempestade atingiu níveis “extremos”, mas os dados coletados ajudaram na prevenção de grandes apagões.
O que causa estes danos são as quantidades de partículas carregadas de prótons, elétrons e núcleos de hélio, que estão acelerando a mais de 2,5 milhões de mph e tinha chances de colidir no campo magnético da Terra. No entanto, Dahl ressaltou que não seria da mesma forma que ocorreu em maio: “A diferença é que, na de maio, tivemos uma série de ejeções de massa coronal, uma delas mais rápida que a outra,” disse. “E isso, de certa forma, juntou tudo e apenas intensificou o efeito.”
É importante ressaltar que a maioria das tempestades solares é de baixa intensidade e causa apenas efeitos visuais, como as auroras. No entanto, eventos extremos podem ter consequências significativas para a sociedade moderna e futuramente saberemos como será esse impacto.