Por que o furacão Milton é um dos mais devastadores e poderosos dos últimos tempos?
Na noite desta quarta (9), o furacão Milton chegou à costa do estado da Flórida, dos EUA, com o potencial de ser um fenômeno “potencialmente mortal”. Segundo a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA), este é um dos “furacões mais intensos já registrados na bacia do Atlântico”. Mas o que explica a força dessa tempestade?
Um dos fatores é que o furacão se formou no Golfo do México, onde a superfície da água registra temperaturas mais altas do que o normal, 29,5°C, 1°C acima da média. Esse aumento da temperatura é devido não apenas às ondas de calor registradas esse ano, mas também faz parte da tendência geral de aquecimento dos oceanos.
A temperatura quente das águas é um dos elementos básicos para a formação de tempestades. Quanto mais alta essa temperatura, mais calor e umidade os furacões podem absorver. “É como se eles estivessem jogando mais lenha no fogo”, afirma a NOAA.
Outro fator que contribuiu para o aumento da tempestade foi o ângulo em que ele atingiu a costa da Flórida. Em entrevista à BBC, o meteorologista John Morales explicou que, em geral, os furacões atingem a costa do estado em um ângulo oblíquo, vindos do oeste do Caribe. “Já esse vem do oeste do Golfo do México e se espera que se aproxime de forma bastante perpendicular à costa oeste da Flórida. E isso fará com que a tempestade aumente ainda mais”, explicou Morales.
Furacão Milton surpreendeu especialistas com rapidez
Com ventos ultrapassando 119 km/h, o furacão se formou no dia 5 de outubro, quando recebeu categoria 1 (menos perigoso). Em menos de 24 horas, ele já tinha chegado à categoria 5 (o mais perigoso), com ventos de 285 km/h.
“O fato de o Milton ter apresentado tamanha intensificação em um curto período surpreendeu os especialistas. Apenas os furacões Wilma (2005) e Felix (2007) passaram mais rapidamente da categoria 1 para a 5 em menos de 24 horas”, explica matéria da BBC.
Fonte: BBC.
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