Foram detectados sinais de que existe água na lua

A busca por água em outros planetas é algo que os cientistas tentam descobrir há muitos anos. Estudos recentes comprovaram que, além dos planetas, também pode existir água em satélites, como a Lua. Essa descoberta, que há muito tempo era objeto de especulação e pesquisa, foi confirmada por diversas missões espaciais. 

Quem comprovou essa teoria foram as instituições da China e do Reino Unido, que divulgaram estudos convincentes sobre a possibilidade de ter água em grande quantidade no nosso satélite natural. De acordo com os especialistas, existem cerca de 300 bilhões de toneladas de água.

Como é possível ter água na Lua?

Para entender melhor essa descoberta, é preciso ressaltar que a maior parte da água lunar está na forma de gelo, localizada principalmente nas regiões polares da Lua, onde a luz solar nunca atinge diretamente. Essa água provavelmente se originou de cometas que colidiram com a superfície lunar ao longo de bilhões de anos. 

Para provar isso, o rover Chang’e-5, que, em 2020, conseguiu coletar cerca de 50 amostras de “gotas de vidro” menores que um milímetro. De acordo com os cientistas, essa foi uma das formas mais próximas de coletar água do satélite. Além do gelo, também foram encontradas moléculas de água espalhadas pela superfície lunar. Essas moléculas podem estar presas em minerais ou na própria estrutura do solo lunar.

“Este trabalho contribui para o crescente consenso de que a Lua é mais rica em água do que se pensava anteriormente”, explicou Ian Crawford, professor de Ciência Planetária e Astrobiologia em Birkbeck, Universidade de Londres, durante uma entrevista ao The Guardian.

“Este reservatório adicional de água lunar pode ser um recurso útil em áreas distantes dos supostos depósitos de gelo polar, mas não devemos superestimar a quantidade de água presente, que é de no máximo 130 ml por metro cúbico de solo lunar”, completou o cientista. 

Estudar a água na Lua pode nos ajudar a entender melhor a origem da água no Sistema Solar e como ela se distribui pelos diferentes corpos celestes. Outro interesse nessa descoberta é futuramente usar essa fonte de água, para utilizar esse recurso para futuras missões espaciais, como a produção de combustível e oxigênio para astronautas.

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