O Brasil abriga uma grande variedade de ecossistemas, desde a Amazônia até a Mata Atlântica, cada um com suas próprias condições climáticas e geográficas, propiciando o desenvolvimento de diversas espécies de orquídeas. Desta vez, a novidade foi identificada por Mathias E. Engels, que liderou a pesquisa ao lado de Eric C. Smidt, Celice A. Silva e Ana Kelly Koch, que descreveram a nova espécie como Mormodes benelliana, uma nova orquídea encontrada em Mato Grosso.
A descoberta ocorreu na região sudoeste do estado, mais especificamente nas áreas de Reserva do Cabaçal e Tangará da Serra. A Mormodes benelliana é uma epífita, uma planta que cresce em cima de outras, especialmente em áreas de transição entre os domínios Amazônia e Cerrado.
Mais detalhes da nova orquídea brasileira
Ela foi definida como uma nova espécie de orquídea por ter várias características distintas que a diferenciam de outras espécies conhecidas do gênero Mormodes. Ela compartilha semelhanças com a Mormodes hoehnei, porém, se diferencia por ter pseudobulbos menores, com inflorescência mais longa do que os pseudobulbos.
Suas flores possuem um tom mesclado por listas de marrom-amarelado e marrom-vinoso, tendo um labelo largo, elíptico a oval e glabro. Isso faz com que sua identificação seja mais fácil, principalmente por ter listras. Apesar da descoberta, a planta segue classificada como Dados Insuficientes (DD) pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).
Após a etapa de denominar ser uma nova espécie, é preciso ter mais estudos para entender melhor a distribuição e a abundância da espécie, o que ajudará a estabelecer estratégias eficazes para sua conservação.