O peixe acabou causando a morte de 3 pessoas nos últimos seis meses, sendo a de um homem no Brasil, na cidade de Aracruz, no Norte do Espírito Santo, e de um casal de idosos, na Malásia, ambos tendo consequências muito graves dentro do organismo ao consumir o animal.
A espécie de peixe baiacu foi a que causou a morte destas 3 pessoas, que consumiram o peixe sem tomar os devidos cuidados, já que quase todas as espécies de baiacu possuem uma quantidade de toxina e veneno muito forte, apesar de ser um grande nome da culinária japonesa.
No Brasil, o caso aconteceu com Magno Sérgio Gomes, 46 anos, que acabou ficando internado por um mês no hospital, e teve o envenenamento como a causa de sua morte, após consumir um baiacu de uma maneira incorreta, que acabou acarretando o pior cenário.
Na Malásia, um casal de idosos, de aproximadamente 80 anos, Ng Chuan Sing e sua esposa Lim Siew Guan, compraram dois baiacus de um vendedor online em 25 de março, disseram autoridades do estado de Johor, no sul do país, e acabaram fritando para consumir no mesmo dia, causando a morte de Lim, e o internamento e a morte de Sing, após uma semana.
Biólogo falou sobre o veneno dos baiacus
Em entrevista ao G1, o biólogo João Luiz Gasparini falou sobre a presença do veneno nas espécies de peixe baiacu, confira:
“No Brasil, existem pelo menos 20 espécies de baiacus. No Espírito Santo, há pelo menos uma dezena. Todos possuem uma toxina chamada tetrodotoxina, que é muito potente e pode causar uma leve dormência (quando ingerida em baixa quantidade) até a parada cardiorrespiratória (quando ingerida em grande quantidade).
A maior concentração da toxina se encontra na vesícula biliar. Mas, em algumas espécies, pode estar espalhada em todos os tecidos, inclusive músculos e ovas, vísceras e pele. Varia de espécies para espécie. Outra dica importante é jamais comer as espécies menores (do gênero Sphoeroides), elas parecem ser mais perigosas. O baiacu-arara, ilustrado na matéria, é tranquilo. Todos consomem sem problema.”